terça-feira, 24 de agosto de 2010

ECSTASY - CONHEÇENDO O INIMIGO

Breve histórico
O MDMA (ecstasy) foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente em 1960 foi redescoberto sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em 1970 nos EUA. Em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. Em 1988 um estudo feito nos EUA mostrou que 39% dos estudantes universitários tinham feito uso do ecstasy no período de um ano antes da pesquisa, mostrando que o uso ilegal já estava disseminado, da mesma forma como aconteceu na Europa ocidental. O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como "rave" onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.

Na próxima matéria... os efeitos do Ecstasy.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Estamos de volta..com toda força

Ficamos ausentes por algum tempo devido a mudança para Curitiba e o acesso a internet ficou difícil.
Bom agora tudo normalizado, aguardem postagens ok?
BOA ABSTINÊNCIA A TODOS!!!!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A álcool e a espiritualidade

O ALCOLISMO E A ESPIRITUALIDADE
E a espiritualidade? Tem alguma influência no processo do beber?
Tem sim, e muito! Quantos momentos de “apagamento” sofrem o dependente quando no pico do uso? Toma atitudes que são indubitavelmente desconexas com sua personalidade, desaguando em ações e fatos inexplicáveis para seus parentes e amigos. Aí surge o espanto, a indignação que deságuam no abandono das intenções de acompanhamento e entendimentoe exercício da caridade.
Ai vai então uma pequena colaboração: Quando desencarnamos, levamos no corpo espiritual todas as mazelas, hábitos e também as dependências adquiridas durante o estágio feito aqui nesta existência. Como a alma é imortal e carece de sucessivos estágios para aclarar a ignorância que nos é legado de pretéritas existências, e ainda gemas em constante polimento. Deus é tão justo que nos agracia com diversos estágios de aprimoramento e depuração de hábitos e dependências. Ora nós humanos dando inúmeras oportunidades aos nossos queridos irmãos para novas tentativas de reabilitação, porque seria diferente na espiritualidade? A ignorância sobre estas coisas colocam uma tarefa (sei que às vezes árdua),pois o desconhecimento gera atitudes intempestivas e desprovidas de caridade propriamente dita.
Então saibamos que realmente a espiritualidade tem suas influências no “comportamento” de alguém sob o torpor desenfreado do álcool e outras drogas. Na próxima oportunidade tentaremos iremos mais amiúde sobre este tema.
Saúde, vigilância e até aproxima!

sábado, 3 de outubro de 2009

Valem todos os caminhos

Espiritualidade entre dependentes em tratamento

Reciprocamente, americanos em tratamento para transtorno do uso de substâncias referem níveis de religiosidade e práticas espirituais muito baixas em relação à população geral do país, apresentando também níveis baixos quanto ao significado e propósitos de vida (10).Atualmente sabe-se pouco sobre as mudanças que ocorrem especificamente na área da espiritualidade entre os pacientes no curso da recuperação. Os dados disponíveis sugerem um aumento do interesse e da prática espirituais enquanto diminui a dependência por substâncias. Não está claro se o desenvolvimento espiritual precede, é a causa, resultado ou subproduto da diminuição do uso e dependência de substância. Certamente, dentro dos Doze Passos de AA, o desenvolvimento e a prática espirituais são tidos como essenciais para a recuperação (7), entretanto essa ligação causal ainda não pode ser evidenciada usando-se metodologia científica apropriada

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MAIS UM SEGUIDOR.

BEM VINDO A TURMA DO SOS FELIPE K.KOJIMA!
Sua adição muito nos honra!

Alcoolistas..vale a pena ler! A TÁTICA DO AVESTRUZ

A TÁTICA DO AVESTRUZ

Alberto Duringer
Médico no Rio de Janeiro
Conselheiro no Conselho estadual de Entorpecentes (CONEN-RJ)

Nas arquibancadas do estádio do Maracanã existem balcões onde se vende cerveja durante os jogos de futebol. Reparem como ali ficam algumas pessoas bebendo o tempo todo, de costas para o campo. Para assistirem o jogo, bastaria virar o corpo – mas não o fazem. Será que não gostam de futebol? Mas então, que teria motivado essas pessoas a saírem de casa, comprarem ingresso, sujeitar-se a vários incômodos e riscos? Se perguntarmos, no entanto, vão afirmar categoricamente que são ardorosos torcedores de um dos times em campo e não perderiam uma partida por nada deste mundo
Vejamos outra cena, um dia de verão, na praia: muita gente passa o dia todo bebendo, debaixo de barracas quentíssimas, sem pegar sol ou cair na água. Apesar disso, dizem adorar uma praia, a ponto de frequentá-la todo fim de semana.
Estas situações refletem o mais constante sintoma da doença alcoolismo – a negação – e podem até ter algo de engraçado, mas constituem verdadeira tragédia para o alcoólico, que freqüentemente morre negando sua enfermidade. Ao negar sua perda de controle, o alcoólico não é mentiroso, pelo menos conscientemente, mesmo porque esta perda de controle acontece de forma lenta e progressiva. No início ainda há algum controle, com ele bebendo só nos fins de semana ou após certas horas do dia. Aos poucos, porém o doente vai criando um manto de fantasia, que o faz ser o primeiro a acreditar não ter problemas com o álcool. Trata-se de um mecanismo psíquico de proteção, para não enfrentar a dura realidade de estar tendo comportamentos irresponsáveis. Paradoxalmente, não consegue viver sem bebida, reconhecendo até ser o consumo exagerado em certas ocasiões. A explicação, para ele, está nos sérios problemas que vem enfrentando no momento; se os problemas desaparecessem, voltaria a beber controladamente. Assim, enquanto aguarda o milagre, vai bebendo cada vez mais.
Este mecanismo de negação, que se desenvolve dentro da personalidade do indivíduo, não se limita apenas à afirmativa, para si e para os outros, que não é alcoólico. É necessário também inventar uma série de desculpas, para manter uma aparente lógica nas coisas que se anda fazendo – é o que se chama de manipulação. Este manto de fantasia, fabricado por ele mesmo, fica cada vez mais espesso, mais duro, mais resistente, até isolar o doente do mundo real, como se fosse uma larva de bicho-da-seda envolvida no casulo.
É claro que as coisas continuam existindo como elas são, o emprego, a família, os amigos, mas tudo isso torna-se a cada dia menos importante. Os mais íntimos questionam: “Por que ele faz isto conosco? Será que não gosta mais da gente?” Ou afirmam: “Se você me amasse, parava de beber!”. São questões que incomodam, despertam sentimentos de remorso, culpa e autoridade, mas que ele não sabe resolver, porque julga impossível separar-se do companheiro álcool. Então ele nega os fatos, inventa justificativas, manipula, faz promessas que não consegue cumprir, tudo o que for possível para se fechar cada vez mais dentro de um outro mundo, só existente no seu delírio – mas que é só seu, seu mundo de negação.
Para conviver melhor com sua fantasia, muitos alcoólicos passam a só freqüentar lugares onde haja bastante bebida e selecionar suas amizades entre gente que também bebe bastante. Se for convidado para um aniversário de criança, sabendo que só vai encontrar bolo de chocolate e coca-cola, recusa, dizendo não ter paciência para este tipo de festa. Mas é capaz de pegar 3 ônibus para ir ao churrasco na casa de um desconhecido. Pensa em álcool todas as horas do dia: quando será que vou poder tomar a primeira? A que hora fecha o bar do hotel? Não esquecer que muitos supermercados fecham aos domingos! Lá no sítio da minha sogra vai ter bebida? É melhor garantir, levando uma garrafa na mala!
Para melhor entender o processo, vamos substituir a palavra “álcool” por “azeitonas”: Quando será que vou comer a primeira azeitona hoje? Será que lá naquele sítio há azeitonas? É melhor levar umas latas na mala! Fica bastante estranho, qualquer pessoa que só pensasse em azeitonas o tempo todo, seria chamado de maluco. Mas o dependente químico da álcool continua afirmando que seu comportamento é normal.
Na árdua tarefa de continuar negando seu alcoolismo, o alcoólico tem também de aprender a ser esperto, desenvolvendo a habilidade de esconder o quanto anda bebendo. Muitas vezes para de beber dentro de casa, mas a toda hora tem de sair para comprar cigarros. Na rua freqüenta diversos botequins, evitando tomar mais de duas ou três doses no mesmo lugar, para não ser chamado de beberrão. Às vezes começa a beber em um bairro, termina em outro. Bebe antes de ir para uma festa, para quando estiver lá, fingir que bebe pouco. Escolhe vodca, porque ouviu dizer que não deixa cheiro. Anda sempre com balas e pastilhas de hortelã, para disfarçar o hálito. Enfim, esconder seu alcoolismo dos outros passa a ser procedimento de rotina, que ocupa boa parte da sua atenção.
Já para provar a si mesmo que não é alcoólatra, os mecanismos de negação são outros:
1 – Tenta beber menos quantidade, embora com a mesma freqüência.
2 – Tenta beber com menos freqüência, embora a mesma quantidade.
3 – Tenta não beber durante a semana de trabalho, mas fica contando os dias e horas que faltam para sexta-feira chegar.
4 – Tenta usar outras drogas para diminuir a quantidade de bebida, tomando tranqüilizantes de manhã, para parar de tremer, ou anfetaminas de noite, para poder dirigir o carro.
5 – Muda a marca ou tipo de bebida, assumindo que a anterior é que lhe fazia mal. Ilude-se trocando um litro diário de cachaça por 5 litros de cerveja, achando que assim bebe menos álcool. Sendo mais rico, substitui uísque nacional, por outro importado.
6 – Fica temporariamente em abstinência, por exemplo, quando internado para desintoxicar, quando obrigado a tomar antibióticos ou apenas para “dar um tempo”, depois de uma consulta médica preocupante. Note-se que estes períodos de abstinência tem data marcada para acabar e seu fim é ansiosamente esperado. Quando terminam, o alcoólico acha que depois de tanto sacrifício, agora ele merece “tomar uma só” e tudo começa de novo, detonado pelas poderosas forças da dependência química.
Os períodos de abstinência servem para afirmar e reforçar cada vez mais a negação, embora só sejam conseguidos à custa de maior ou menor sofrimento emocional. O objetivo é provar a si mesmo e aos outros que ele não é alcoólico, que domina perfeitamente a situação e que para de beber quando quer. As frases clássicas são: “Na verdade, eu não preciso beber, acontece que eu realmente gosto de álcool”. Ou então: “Se você tivesse em sua vida os problemas que eu tenho, iria beber ainda mais do que eu”.
À medida que a doença progride, mais e mais este manto de fantasia impede o doente de ver sua realidade. Ele muda de comportamento e atitudes, perde seus valores, cada vez mais enredado na teia da dependência. Basta ler o Livro Azul de Alcoólicos Anônimos, para ver como duas emoções básicas, orgulho e medo, tão saudáveis quando são equilibradas e baseadas em fatos reais, podem tornar-se exasperadas e delirantes, originando as mais variadas turbulências de raiva, inveja, ciúme e ódio.
O alcoólico passa a agir ao sabor da primeira emoção descontrolada que lhe vem à cabeça e, quando as coisas não dão certo, bota a culpa nos outros ou nas situações de vida. Expectativas fantasiosas tornam-se regra e como não se realizam, trazem frustrações, autopiedade e necessidade ainda maior de bebida.
Neste ponto, o manto de fantasia confunde-se com a carapaça da negação, dura, resistente, impenetrável pelo lado de fora, como o casulo. Porém lá dentro, o bicho-da-seda pode encontrar forças para rompê-lo e, ao se livrar dela, sair da escuridão para a luz.
Como o alcoólatra que, vencendo a negação ao reconhecer sua impotência frente ao álcool, encontra o caminho da recuperação e da vida.
E de repente descobre que não gosta tanto assim de praia, nem de freqüentar o estádio do Maracanã...

domingo, 21 de junho de 2009

NUNCA DESISTA!

É muito comum os pais e familiares declararem que já "fizeram de tudo" pelos seus filhos e que apartir de agora vão desistir de lutar.Seja o que Deus quiser...etc.
Ai eu pergunto:Será que fizeram mesmo?
Sei que é árdua a tarefa de conviver com o dependente. Que o sentimento de desânimo ronda nossas cabeças a ponto de largar-mos as armas e nos entregar.
Mas é interessante sabermos em que ponto estamos nesta caminhada.Quando estamos com um problema, parece que a nossa "cruz" é a mais pesada do Universo.Mas, basta uma olhadela para o "lado" e lá está o que nos deixará perplexos. A dor do alheio, muitas vezes, pior do que a nossa!
A vida, é um expiral...hora estamos mais perto, hora estamos mais distantes das nossas expectativas, dos nossos desejos. Então é preciso refletir que tudo que fizermos não implicará que já"fizemos de tudo" mas sim que há muito por se fazer ainda.
Não desistam nos vossos filhos e filhas.Foram nascidos no seio de sua família para que se cumpra a missão do amor verdadeiro.
Quem ama persiste e não desiste!
NUNCA DESISTA DO DEPENDENTE. PORQUE ESTA VIDA, DEPENDE DE VOCÊ!